quinta-feira, 1 de março de 2012

CAROS AMIGOS JUVENTINOS

Caros amigos Torcedores Juventinos (de verdade):
Voces me conhecem o suficiente  para saber de meu  Amor  ao Juventus , ao estádio da Rua Javari (ao qual costumo tratar de O TEMPLO) e o respeito que tenho por voces, mas hoje eu não lhes  escrevo para contar estórias do glorioso passado grená, para propor um Quizz ou falar das proezas de nossos ídolos e, sim, para falar do futuro imediato, fazendo um alerta e alguns apelos:
 
Primeiro, o alerta : Daqui até o final do campeonato (1ª fase) teremos 5 jogos vitais em nosso estádio. Com toda certeza e a exemplo dos anos anteriores, haverá provocação partindo de torcedores, jogadores e membros da comissão técnica adversárias. Qualquer deslize de comportamento nosso, qualquer fato anormal relatado na súmula ou, PRINCIPALMENTE,  qualquer objeto estranho lançado ao gramado, na direção ou não dos adversários, serão usados para tentar nos impedir de continuar mandando nossos jogos em nossa casa e, lógico, ver nossas chances de classificação diminuídas (lembrem-se do trabalho que deram as serpentinas (2011)e o  canoli (2009).

Além desse aspecto esportivo, não é tarefa muito árdua imaginar o que aconteceria, sob o ponto de vista de ASSÉDIO DE ESPECULADORES IMOBILIÁRIOS,  se ‘La Casa Nostra” fosse interditada  ao seu sagrado uso e viesse a se tornar um simples e inútil imóvel, de mais de 10.000 metros quadrados, tal qual aqueles tantos galpões Mooquenses que estão se tornando Espigões. Provavelmente, passaria a se chamar Condomínio Estrebarias  do Conde ou Torres do Gol do Pelé.
 
Agora, os apelos :
Os apelos são  para que nós , como torcedores, sejamos VIGILANTES E PRAGMÁTICOS.
Vigilantes ? Sim. Ajam como se fossem os Guardiões do Templo. Se , na eventualidade, algum objeto estranho for lançado ao gramado, antes, durante ou depois do jogo, aquele que presenciar o fato deve identificar o autor, (seja ele quem for ,não tente dete-lo sozinho), arrume duas testemunhas e chame a polícia para que ela tome as devidas providências, além de avisar o ouvidor do estádio .Sem esses procedimentos, o clube não fica isento da responsabilidade e pode ser punido por isso.

Deve-se também acompanhar a saída do juiz e dos adversários de campo para  evitar que algum torcedor exaltado (ou  algum “pau-mandado”), possa arremessar sequer uma migalha de canoli no gramado. Nesse caso, também  não tente deter o autor. Chame a polícia, arrume testemunhas e avise o ouvidor.

Com os suplentes  também deve-se  tomar cuidado, pois todo juiz sabe de nossas brincadeiras com esses adversários, já que a distancia  entre o alambrado e a área de aquecimento é muito pequena. Geralmente, são os reservas os que mais fingem e inventam que  objetos foram atirados. Na maioria das vezes, já levam o objeto para o espaço de aquecimento e depois o apresentam ao juiz, como se tivesse sido atirado.
O que fazer ? Se puder fotografar ou filmar a fraude, faça-o No máximo, permita-se a gozações, já que  ser reserva de time de 3ª divisão é bastante difícil pelo próprio fato em si.

Não, amigos, isto  não é um manual do Santo-Torcedor ,mas do Torcedor-pragmático. Explico meu ponto de vista: torcer de forma pragmática é primeiro ajudar teu próprio time a obter seus objetivos e, na medida do possível, atrapalhar o adversário, de forma lícita, sem  ferir nenhuma regra do Estatuto do torcedor e com isso, evitar prejudicar o próprio time. Como ? Com muito barulho, antes e durante partida e até mesmo no intervalo.  Ora, o maior exemplo disso é a mítica Bombonera. Independente da qualidade da equipe do Boca Jrs, o adversário treme só em pensar jogar lá, exclusivamente pelo efeito do “Sonido” (não em seus ouvidos, mas no seu Moral). Aliás, quando você entra lá, existe um grande cartaz com a frase: “La Bombonera no tembla, pulsa.” A Bombonera não treme, vibra. (deixando implícito que quem TREME são os rivais). Nada além disso: Barulho, muito barulho, mas da melhor qualidade !

Por fim e não menos importante, não sou ingenuo a ponto de dizer-lhes que não devamos cobrar desempenho de nossos atletas, mas isso não pode ser feito de uma forma  hostil, pois além de estarmos do mesmo lado, a experiência nos últimos 4 anos, nos mostrou que o desempenho deles diminui na mesma proporção em que os ofendemos. Portanto,  é tolice hostilizar com  xingamentos, ofensas e ironias, pois  só  vão nos levar aonde não queremos ir, ou seja,   disputar o mesmo campeonato no ano que vem, pois dependemos do desempenho e da vontade de lutar deles.
 
Enfim, há hora pra incentivar e hora pra cobrar. A meu ver, a hora é de  empurrar o time até os últimos momentos e, mesmo que não obtenham o resultado esperado, mas se percebermos que deram o melhor de si, que sejam então aplaudidos, mas na proporção do esforço demonstrado, pois o reconhecimento de luta no esporte, mesmo na derrota,   vale muito mais do que o “tapinha nas costas” no caso de vitória. Fazendo uma analogia tosca e radical, mas...você lembra, estima e RETRIBUI, para sempre, muito mais a quem foi  te apoiar no funeral de um ente querido do que aquele amigo que só serve pra festejar e nos momentos difíceis, some.  Pelo menos  na  Mooca, isto é imperdoável !!!
 
Por fim, agradeço a este blog  pelo espaço que me deu pra poder compartilhar com vocês  as preocupações de um velho  Juventino.
 
Um forte abraço Grená  e Forza Juve !!!
Sergio Valdez Agarelli

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